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Sucesso na Broadway, "O Som que Vem de Dentro" ganha primeira montagem no Brasil, numa coprodução da Cia Limite 151 e o diretor João Fonseca

  • Foto do escritor: doisxweb
    doisxweb
  • 24 de mai.
  • 6 min de leitura




Sob a direção de João Fonseca e estrelada por Gláucia Rodriguese André Celant, a peça do norte-americano Adam Rapp mergulha numa trama de suspense para abordar temas como a luta contra o câncer e o suicídio

 

O Som que Vem de Dentro, adaptação da peça The Sound Inside, de Adam Rapp, ganha sua primeira montagem no Brasil, sob a direção de João Fonseca e tradução de Clara Carvalho, o espetáculo, aclamado mundialmente e sucesso na Broadway, traz aos palcos brasileiros uma trama de suspense intensa e cheia de nuances, uma imersão no universo de dois personagens que, mesmo distintos, se encontram na fragilidade humana diante da vida e da morte.

 

A história de O Som que Vem de Dentro gira em torno da relação de Bella Lee Baird, interpretada por Gláucia Rodrigues, uma professora de Literatura na Universidade de Yale que se vê diante de um câncer em estágio avançado, e Christopher Dunn, vivido por André Celant, um jovem escritor com um espírito inquieto e desajustado. A cada palavra, a cada gesto, a peça expõe as dores e as esperanças desses dois personagens em uma luta constante contra suas realidades. Ao mesmo tempo, ela revela o que há de mais profundo na existência humana: a busca por significado, por conexão e pela resposta a perguntas que, por vezes, não podem ser respondidas.

 

Bella é o reflexo da mulher moderna e empoderada, que abraça a vida à sua maneira, mesmo que isso signifique romper com padrões sociais estabelecidos. A personagem traz uma força vulnerável, uma mulher que escolhe uma vida que foge do tradicional "casamento e filhos", mas que também é surpreendentemente tocada pelas adversidades que o destino lhe impõe. Já Christopher é o retrato de um jovem que, em sua obsessão literária – em especial por Crime e Castigo, de Dostoiévski - e seus traumas, se vê perdido em um mundo que não sabe como acolher sua autenticidade. Na opinião de Bella, trata-se de um prodígio. Enquanto ele compartilha com ela as páginas de seu próprio romance em andamento, os dois ficam mais próximos. Quando suas histórias (e ficções) começam a se fundir, o prazer de acompanhar essa história é irremediavelmente misturado com o medo do que pode acontecer a seguir.

 

- Em todos esses meus quase 30 anos de carreira, venho construindo sempre, seja no gênero de teatro que for, uma linguagem cênica focada essencialmente no jogo teatral, o palco como espaço para provocar a imaginação do espectador, onde ele participa desse jogo ativamente, potencializando ao máximo o trabalho do ator e o texto. Por isso, nada mais natural que meu encantamento com o texto de Adam Rapp, que possibilita uma encenação exatamente como venho buscando, onde quanto mais criatividade mais poderemos ampliar o alcance de suas palavras e adentrar por todos os lugares, criando uma literatura cênica viva e original – conta João Fonseca.

 

 

 

 

 

Sobre arte, vida e morte

 

A peça, em sua essência, é uma meditação sobre a vida e a morte, as escolhas que fazemos e as que nos são impostas. A trama coloca o câncer e a depressão no centro da discussão, mas vai além, abordando o suicídio e o vazio existencial de um mundo que muitas vezes parece ser implacável, e provocando o espectador a refletir sobre suas próprias angústias e medos. A literatura, que ocupa um lugar central na narrativa, é a âncora que mantém os personagens vivos, alimentando não apenas o intelecto dos personagens, mas também sua resistência frente aos seus desafios pessoais.

 

A partir do encontro dos dois personagens, o autor, através de um jogo teatral original, vai revelando as diversas camadas de assuntos tão delicados, como o sofrimento que a falta de perspectiva no tratamento de uma doença grave pode causar, assim como o sofrimento que o jovem passa num mundo tão difícil de se enquadrar. Tudo isso feito com uma carga de tensão e mistério que surpreendem o espectador do início ao fim.

 

- O Som que Vem de Dentro não é apenas uma peça sobre câncer ou suicídio. É uma reflexão sobre as questões universais da existência, da identidade e da necessidade humana de se conectar com o outro. A obra é também um grito de resistência, uma lembrança de que a arte, em todas as suas formas, tem o poder de nos transformar e de nos fazer confrontar as questões mais profundas e urgentes de nossa humanidade. E nos desafia, nos emociona e nos faz pensar sobre o que realmente significa viver – explica XX (inserir aspas de Gláucia e-ou de André).

 

Sucesso na Broadway

 

The Sound Inside estreou em 2018 na Broadway, onde obteve sucessode público e crítica, com diversas indicações ao Tony Award, ganhandoo de Melhor Atriz para Mary-Louise Parker. Desde então, a peça já foimontada em diversos países do mundo sempre com o mesmo êxito.

 

The New York Times: “Um mistério emocionante. Uma nova peça surpreendente.90 minutos ininterruptos de tensão!”

 

Los Angeles Times: “Acessível e divertida, parece uma peça simples de dois personagens que conta uma história cativante. Mas o drama em si é uma série decaixas de quebra-cabeças. Abra um e você encontrará outro – cadaum levando mais fundo no mistério da relação da arte com a realidade.”

 

Chicago Tribune: “Emocionante e Atordoante!”

 

Daily News: “Uma linda peça de teatro!”

 

O AUTOR

 

Um dos mais incensados autores americanosda atualidade, Adam Rapp (nascido em 15 de junho de 1968) é um romancista,dramaturgo, roteirista, músico e diretor de cinema. A sua peçaO Inverno da Luz Vermelha foi finalista do Prêmio Pulitzer em 2006, ena montagem brasileira teve Marjorie Estiano como protagonista edireção de Monique Gardenberg. O seu último trabalho foi o texto de The Outsiders a new musical, que está em cartaz atualmente na Broadway e ganhou o Tony de melhor musical de 2024 com Adam sendo indicado como melhor autor de musical. A maioria das peças de Rapp apresenta elencos pequenos e sãoambientadas em espaços pequenos. Muitos personagens das peças sãoamericanos da classe trabalhadora. Ele combina humor com melancolia,preferindo temas sombrios.

- Quando você vê algo poderosamente representado no palco, isso o atingenum lugar único! Ver alguém a três metros e meio de você se apaixonarou ser abusado. Há algo cru nessa experiência que você não obtém nocinema ou na TV – destaca Rapp.

 

JOÃO FONSECA

 

João Fonseca é diretor de teatro, cinema e televisão. Paulista de Santos, iniciou sua carreira como ator em São Paulo no Centro de Pesquisas teatrais de Antunes Filho. Em 1993 se muda para o Rio de Janeiro e estreia como diretor de teatro em 1997 na Cia Os Fodidos Privilegiados do grande Antônio Abujamra com "O Casamento", de Nelson Rodrigues. Nos seus 25 anos de carreira tem em seu currículo mais de 70 espetáculos de todos os gêneros e diversas indicações / premiações como melhor diretor, entre os quais o Prêmio Shell, Prêmio Bibi Ferreira e Prêmio Cesgranrio.

Dirigiu alguns dos principais sucessos dos palcos e da TV no Brasil nos últimos anos, entre eles os musicais: "Tim Maia - Vale Tudo", de Nelson Motta (2011) e "Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz, o Musical", de Aloísio de Abreu (2013); os espetáculos "Minha Mãe É Uma Peça", de Paulo Gustavo (2006), que depois se tornou filme, e "Maria do Caritó", de Newton Moreno (2010), com Lilia Cabral, que lhe deu seu segundo Prêmio Shell. Na televisão dirigiu oito temporadas de "Vai Que Cola", programa de TV do canal Multishow, "A Vila", e a segunda temporada de "Tem Que Suar", no mesmo canal. Em 2020, fez sua estreia na direção de longa-metragens com "Não Vamos Pagar Nada", com Samantha Schmutz e Edimilson Filho. Seus trabalhos mais recentes incluem um musical sobre Tom Jobim, um musical brasileiro de Rafael Primot intitulado "Kafka e a Boneca Viajante" além de uma série jovem para Netflix intitulada " Sem Filtro".

 

 

 

 

ELENCO:

Gláucia Rodrigues e André Celante

 

 

 

FICHA TÉCNICA:

Texto: Adam RappTradução: Clara CarvalhoDireção: João Fonseca

Elenco: Gláucia Rodrigues e André Celante

Cenário e Adereços: Nello MarreseFigurino: Marieta SpadaIluminação: Daniela Sanchez

Assessoria de Imprensa: Carlos PinhoProdução Executiva: Valéria MeirellesDireção de Produção: Edmundo LippiUma coprodução: João Fonseca e Cia Limite 151

Produção: L. W. Produções Artísticas Ltda.



 

 
 
 

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